O "feminismo é a ideologia que defende que as mulheres devem ter os mesmos direitos que os homens". Tomando esse conceito como base, de uma forma ampla, pode-se afirmar que qualquer pessoa que acredita que homens e mulheres devem ter os mesmos direitos, pode ser considerada feminista.
Porém, ainda existe muito equívoco sobre o feminismo, falta de informação, preconceito ou até mesmo o ensino passado pela cultura da pessoa pode influenciar a não compreender a importância da defesa dessa causa.
É um assunto que divide opiniões e gera muitos debates. Pensando nisso, reuni 5 obras literárias que falam sobre feminismo, sua importância, e sua relevância para a sociedade.
Existem muito mais conteúdos de valor sobre a este tema, mas gostaria de apresentá-los a estás 5 obras onde fiz um breve resumo.
1. Calibã e a Bruxa, Silvia Federeci
A caça às bruxas buscou destruir o controle que as mulheres haviam exercido sobre sua própria função reprodutiva, e preparou o terreno para o desenvolvimento de um regime patriarcal mais opressor. Essa interpretação também defende que a caça às bruxas tinha raízes nas transformações sociais que acompanharam o surgimento do capitalismo.
No entanto, as circunstâncias históricas específicas em que a perseguição às bruxas se desenvolveu ― e as razões pelas quais o surgimento do capitalismo exigiu um ataque genocida contra as mulheres ― ainda não tinham sido investigadas. Essa é a tarefa resumida em Calibã e a bruxa, começando pela análise da caça às bruxas no contexto das crises demográfica e econômica europeias dos séculos XVI e XVII e das políticas de terra e trabalho da época mercantilista.
2. Mulheres que correm com lobos , Clarissa Pinkola
A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante aos lobos. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Seu livro, ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros. Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações psíquico-arqueológicas' nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher. Clássico dos estudos sobre o sagrado feminino e o feminismo, o livro é o primeiro de uma série de longsellers da Rocco a ganhar edição com novo projeto gráfico e capa dura.
Clube da luta feminista, Jéssica Bennet
Neste livro, a aclamada jornalista Jessica Bennett reúne histórias pessoais de seu clube da luta da vida real e acrescenta pesquisas, estatísticas e conselhos empoderados de como combater e sobreviver ao machismo.
Parte manual, parte manifesto, Bennett apresenta um novo vocabulário para que possamos reconhecer os diferentes tipos de machista que são encontrados no dia a dia ― como, por exemplo, o Manterrupter, que fala por cima de suas colegas em reuniões; ou o Bropropriator, aquele que se apropria do crédito pelo trabalho delas ―, além de fornecer dicas práticas de como desviar das armadilhas de gênero no mundo corporativo atual.
Porque lutamos? Manuela D'Ávila
Um livro sobre feminismo. Através do olhar amoroso, da acolhida generosa, do entendimento de que este é um assunto de todos nós. Não pretende ser uma bíblia do feminismo, mas sim, uma conversa, um abraço, um ponto de apoio, um boas-vindas pra quem acaba de chegar, um “que bom que você está aqui” pra quem já anda cansada de lutar. Escrito em tom de conversa, traz referências, sugere reflexões, desfaz o medo. Sin perder la ternura.
Manuela d’Ávila é jornalista e mestre em Políticas Públicas pela UFRGS. Foi vereadora de Porto Alegre, deputada federal e deputada estadual. Em 2018, concorreu à vice-presidência da República. É diretora executiva e fundadora do Instituto E Se Fosse Você? , ONG voltada para criação de conteúdo de combate a fake news e ódio nas redes.
O mito da beleza, Naomi Wolf
Clássico que redefiniu nossa visão a respeito da relação entre beleza e identidade feminina. Um dos livros mais importantes da terceira onda feminista.Em O mito da beleza, a jornalista Naomi Wolf afirma que o culto à beleza e à juventude da mulher é estimulado pelo patriarcado e atua como mecanismo de controle social para evitar que sejam cumpridos os ideais feministas de emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a partir dos anos 1970. As leitoras e os leitores encontrarão exposta a tirania do mito da beleza ao longo dos tempos, sua função opressora e as manifestações atuais no lar e no trabalho, na literatura e na mídia, nas relações entre homens e mulheres e entre mulheres e mulheres. Nomi Wolf confronta a indústria da beleza, tocando em assuntos difíceis, como distúrbios alimentares e mentais, desenvolvimento da indústria da cirurgia plástica e da pornografia. Esta edição, revista e ampliada, traz uma apresentação da autora contextualizando o livro para os leitores de hoje, já que esteve mais de duas décadas longe das livrarias brasileiras.
Você já leu alguma dessas obras? Me conte o que achou e sua opinião sobre esse assunto tão importante em tempos atuais.
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