Canneca Literária

A Jornada do Amor. Uma longa jornada segue a mesma linha romântica dos outros livros de Nicholas Sparks, onde um casal se conhece lutando para superar os obstáculos que surgem, mas não pense que isto torna todos os livros previsíveis, pois cada um a seu modo se diferencia. Este livro em especial, surpreende no quesito “historias de amor”, o enredo é super cativante, as descrições minuciosas ajudam a tornar o cenário ainda mais real, e deixa a confirmação que o autor é o melhor nome quando falamos de amor. Os diálogos do livro são bem construídos e o texto detalhadamente bem escrito. Os personagens encantam, e a forma da escrita simples instiga as “aparentes” historias comuns. O livro não tem nada de inovador; embora tudo pareça ser extremamente real, o ápice acontece quando as historias se entrelaçam causando a sensação de êxtase no leitor, trazendo a certeza de que vale a pena lutar pelo verdadeiro amor. Ira e Ruth, Sophia e Luke, abra seu coração e se deixe levar por e...

Eu estava vivendo então uma coisa inédita na vida: um filme de amor. Nunca até então tinha desejado que o mundo se acabasse e que somente nós sobrevivêssemos. Criar um castelo de areia, coroar Marina rainha do meu reino. Colocar uma coroa de conchas na sua cabeça, um colar de algas no pescoço, fazer um juramento de fidelidade ajoelhado sob os seus pés. – Te amo.  - (Feliz ano Velho, Marcelo Rubens Paiva, p. 214)

 Um profeta despertou da lágrima pétrea da caneta: a tinta estourou no colo do cachorro.  O animal, sonhando profecias ao lado do poeta, já acordou de bom humor.  Espontâneo amor até de língua amarga e preta.  O poeta todo lambido de letra: desaprendeu tudo tudo que sabia, deixou a poesia: ninguém é dono de ninguém, só a liberdade domestica. 

 A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras geralmente sejam usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vã. O orgulho está mais vinculado á nossa própria opinião de nós mesmos, e a vaidade, ao que achamos que os outros pensam de nós.  - Orgulho e preconceito, Jane Austen

 "Você pode fazer o que quiser se for otimista." Recém-lançado no Brasil  “O lado Bom da Vida” foi escrito por Mattew Quick, um ex professor de historia que abandonou a carreira  para escrever seu primeiro livro. Nele acompanhamos uma espécie de diário, narrado por Pat Peoples, um cara de 30 anos que acaba de sair de uma instituição psiquiátrica.  Com um texto bastante fluido e dinâmico, Quick consegue prender a atenção de capítulo em capítulo mostrando, em pequenas doses, um pouco mais do passado de Pat enquanto acrescenta outros personagens na história. Alguns fatores descritos no decorrer da historia  poderiam muito bem ser a base de um profundo drama que investiga males ligados à depressão, síndromes, obsessões compulsivas, entre outros problemas psicológicos. No entanto, Matthew Quick resolveu usar a negatividade como combustível para a comédia em seu livro.  Pat quase não se lembra de sua vida antes do "lu...

Ternura Eu te peço perdão por te amar de repente Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos Das horas que passei à sombra dos teus gestos Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos Das noites que vivi acalentando Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente. E posso te dizer que o grande afeto que te deixo Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas Nem as misteriosas palavras dos véus da alma… É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias E só te pede que te repouses quieta, muito quieta E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar estático da aurora. -Vinicius de Moraes